O Soco do Bem

O Metrô as 8 da manhã é lotado, é praticamente impossível não encostar em alguem. Hoje vindo pro serviço participei de uma coisa lamentável... Um idiota malandrão ficou falando um monte de merda pra um senhor que era baixinho e bem magrinho, totalmente indefeso... só porque esse senhor encostou nele.... Depois de um tempo, a discussão tinha acabado. Só que depois de uma estação ele voltou a apavorar o senhor....Ai eu e um loko que tava do meu lado que não conheço falamos pro cara ficar na dele que ele já tinha falado... Nisso um "cabloco" colou atrás desse malandrão e ficou bem grudado nele, só pra provocar... Só que o malandrão além de malandro era bundão, e não falava nada... Ai chegamos na Estação Luz e a porta do metrô abriu, e o senhor que tinha ouvido um montão ainda "pediu licença" pro malandrão só pra descer na estação... E o malandrão foi e empurrou o senhor pra fora do vagão.... Nisso meu sangue subiu e eu ia fazer alguma coisa, não sei o que, mas ia.... e digo ia porque 1 segundos depois do empurrão aquele "cabloco" que tinha o mesmo sentimento de raiva soltou um murro na cara do malandro, que caiu pra dentro do vagão e ficou quietinho... O malandrão ia apanhar mais, mas ele estava com sorte, pois no instante em que ele levantou chegou um guardinha do metro separando... O malandro ainda tomou um apavoro do cabloco que foi lindo... O malandro foi até a Sé quietinho, olhando pra baixo...
Talvez eu nunca mais veja nem o malandrão, nem o senhor e nem o cabloco, mas essa reação do cabloco me provou que nem sempre a violência é uma reação errada, uma reação de ignorância, uma reação irracional, uma reação de maloqueiro. As vezes alguem precisa ter uma reação pra corrigir as coisas. Esse soco do cabloco nunca mais esquecerei. Foi um "Soco do Bem".